Acabei de receber um e-mail da colega e atual presidente da ANPUH-PE, Profa.Dra. Marcília Gama da Silva, agradecendo pela solidariedade quanto aos problemas do Arquivo e me repassando boas novas, publicadas no Jornal do Commercio (Recife) de ontem, 12.09.2009. Infelizmente, por problemas técnicos no Portal JC, não pude acessar o link da notícia, mas segue abaixo, na íntegra, a notícia enviada por Marcília:
Arquivo pena pela falta de estrutura
Publicado em 12.09.2009
Depois de ficar fechado uma semana por ausência de pessoal e excesso de problemas no prédio, equipe começa a ser reforçada e reparos realizados
O anexo do Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano (Apeje), na Rua Imperial, bairro de São José, no Centro do Recife, precisou suspender o atendimento aos pesquisadores por oito dias para o governo do Estado autorizar a contratação de novos servidores. Ontem, a Secretaria de Educação de Pernambuco informou que, a partir da próxima semana, a instituição passa a contar com reforço de mais 27 pessoas que atuarão no anexo e no prédio-sede, localizado na Rua do Imperador, em Santo Antônio.
De acordo com o jornalista Pedro Moura, diretor do Apeje, o Estado vai abrir contrato temporário para preenchimento de 12 vagas de historiador, bibliotecário e técnico educacional. Outros três técnicos educacionais que atuam na Secretaria de Educação serão relocados para o arquivo. Também está prevista a contratação de 12 estagiários. “O governo fez concurso público no ano passado, mas as pessoas que estão vindo agora ainda não são as concursadas”, esclarece.
Agora, a instituição passa de 13 para 40 técnicos e estagiários e pode retomar projetos engavetados. O anexo ficou fechado no período de 3 a 10 de setembro último. “Fiz isso porque os poucos servidores não cumpriam o horário, das 8h às 14h. Estive no imóvel na segunda-feira (31 de agosto) e tinha apenas um funcionário para atender aos pesquisadores”, diz Pedro Moura. Seis pessoas trabalham no anexo, das quais quatro no atendimento.
Ele também elenca outros problemas do prédio, como infestação de cupins, instalação hidráulica precária e falta de segurança. “Todas a salas do anexo têm comunicação entre si e isso deixa o acervo vulnerável. O visitante que entra num ambiente consegue passar para os demais”, observa.
Quinta-feira passada, o secretário de Educação de Pernambuco, Danilo Cabral, vistoriou o anexo e a sede do Apeje. “Eu já vinha cobrando mais funcionários para o arquivo”, diz Pedro Moura. No mesmo dia, um engenheiro e um eletricista da secretaria iniciaram reparos nos dois imóveis. “A primeira providência é fazer a descupinização do anexo e a recuperação do sistema elétrico do prédio-sede”, diz o diretor. Ele também solicitou a conclusão do serviço de instalação do elevador da sede, que está parado há oito anos.
Mestrandos e doutorandos que frequentam o local garantem que nunca deixaram de ser atendidos, apesar da carência de pessoal. Aluna do doutorado em história da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Valéria Costa deparou-se com o arquivo fechado no dia 3 de setembro e ficou apreensiva. “Um aviso na parede informava que a suspensão seria por tempo indeterminado. Não fomos comunicados com antecedência, isso poderia prejudicar os bolsistas”, pondera.
Valéria Costa pesquisa pós-abolição e práticas religiosas de africanos e crioulos no Recife nos manuscritos do Apeje, para o doutorado. “O Arquivo Público de Pernambuco é minha principal fonte de pesquisa, as outras entidades consultadas são complementares.”
Sejamos presentes! Para que essas medidas sejam realizadas o quanto antes, e possamos renovar os ares da História.
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