O que passou
O que não tem mais conserto
O que se perdeu
O vivido, o acontecido.
O que não dá mais para recuperar
O que se foi...
A história a gente conta
Pelas marcas que ficaram
Objetos
Documentos
Lembranças...
Tudo passível de deterioração
Decomposição
A memória de quem viveu
Às vezes boa
Às vezes não
A cada momento uma nova
Emoção
Vestígios, cinzas, restos do que se foi.
Sobras...
Com elas montamos peças
Analíticas e
ou narrativas
Mas, por que lembrar?
Rememorar?
(re) discutir?
(re) ver?
Por que reter?
O passado quer ir-se
Mas, o detemos! Cristalizamos instantes em movimento.
Olhamos de cá buscando olhar de lá
Por ângulos
Interesses
Concepções
E fundamentos diversos.
A História verdadeira?
É aquela na qual se acredita
Que apresenta argumentos
Fundamentados em fontes e análises
Escritas
A História Oral?
É a emoção do reviver
Recordar: "trazer ao coração"
O testemunho
O que foi significativo guardar
Seja uma memória vivida ou apreendida.
Tudo, enfim, não passa de formas de representar, nomear.
Tentativas de entender e explicar
Justificar
Expressar o que foi vivido,
Experimentado no tempo pelo tempo
No espaço, no momento.
(Recife, 17.10.2005 - 12.09.2006 - 19.11.2008. "Estamos sempre reescrevendo nossa história...")
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