Recebi essa mensagem hoje e creio que é um bom momento divulgá-la.
From: TVCom Maceió <tvcommaceio@yahoo.com.br>Date: 2009/3/30Subject: TVC - Disponibilização de Documentário para exibiçãoTo: televisaopublica@yahoogrupos.com.br
Estamos disponibilizando documentário realizado na comunidade indígena Kalankó, no município de Água Branca, região sertaneja de Alagoas. O vídeo mostra a retomada da terra, que recebeu o nome de uma antepassada, chamada de Januária. Em dez anos de luta, o povo Kalankó conquistou água encanada, energia elétrica, posto de saúde na localidade e autonomia para determinar seu destino e preservar sua cultura. As TV's Comunitárias que tiverem interesse em exibir o Documentário, o mesmo será remetido gratuitamente. Os interessados devem enviar o endereço para postagem através do email: aprotevideo@yahoo.com.br Abaixo a ficha técnica e release sobre o documentário. Lutero Melo - TVCOM Maceió Ficha técnica do DOC Kalankó: Reportagem, Edição e Imagens: Wadson Correia Produção: Nigel Anderson Pós- produção: Roosevelt Valões Direção: Jorge Vieira Produção executiva: Lutero Melo Realização: APROTEVIDEO (logo) Apoio Cultural: Conselho Indigenista Missionário (CIMI) TVCOM Maceió - Canal 12 Formato: NTSC Duração: 13 minutos
KALANKÓ: DEZ ANOS LUTANDO PELA DEMARCAÇÃO DA TERRA O Povo Kalankó, localizado no município de Água Branca, no sertão de Alagoas, tem uma população de 77 famílias do tronco étnico Pankararu do Brejo dos Padres, oriundos dos municípios pernambucanos de Tacaratu e Petrolândia. Há dez anos os kalankó reivindicam a identificação e demarcação do território tradicional. Confinados no período da colonização, diferentes grupos étnicos foram obrigados a conviverem no mesmo espaço geográfico e cultural, onde foram submetidos à catequese e ao trabalho nas fazendas. Com o crescimento populacional, aumentou a fome e os conflitos internos. No início do século XIX, famílias migraram em busca de novas terras para trabalhar e se reproduzir culturalmente. Quando os primeiros kalankó chegaram à terra que habitam atualmente, ocuparam a vasta planície rodeada por serras e montes, coberta por uma vegetação rasteira, de onde caçavam e tiravam alimentação. Depois o território foi invadido por criadores de gado. Por cerca de dois séculos viveram no anonimato, com costumes semelhantes aos sertanejos, a exemplo das tradições católicas, vestimentas e formas de produção. Para celebrar os rituais, praticavam em segredo ou participavam com os Pankararu. Na luta pela conquista da terra, o Pajé Antônio Kalankó declara: “faz uma década que caminhamos para todo canto do Brasil cobrando dos órgãos federais a demarcação da terra. Cansados de esperar, decidimos retomar essa área colocando em arrisco a nossa própria vida”. O termo Kalankó tem sua origem no hábito desses indígenas comerem calangos, réptil bastante comum no sertão nordestino.
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