Recebi hoje este cartaz. Nos anos 80 e início do 90 era muito comum ouvir falar essa expressão "Movimento Social", "fulano é do movimento"; tinha um quê de subversão, que foi se naturalizando e depois perdendo a "força" pelos interesses pouco corretos que apareceram e mesmo pelo neoliberalismo governalmental que diluiu a prática do associar-se em prol de algo. Desde a frequencia e o associar-se a clubes sociais, passando pelo movimento sindical e pelos ditos "movimentos sociais", representados por associações, ligas, centros e organizações não governamentais, o individualismo se acirrou e atuar pela ou por uma coletividade se tornou algo difícil de conciliar com o corre-corre cotidiano. Enquanto isso, minorias - não gosto desse termo, mas, no momento, não encontro outro que contemple meu pensamento - enfrentavam seus problemas sozinhas tentando manter ou fazer existir uma união organizada em prol de sua defesa. Apesar do mundo não ser o mesmo de 20 anos atrás, ainda temos muito o que avançar em termos de atitude democrática; e os historiadores carregam, mesmo de inconscientemente, muita responsabilidade com essa aprendizagem e, principalmente, com a fundamentação dos direitos desses grupos duramente atingidos pela exploração capitalista (indígenas, quilombolas, sem teto, sem terra, sem emprego,...). A criticidade é muito mais do que a análise teórico-metodológica de uma fonte histórica; é compromisso político.
Um comentário:
Zélia,
Gostei muito do seu blog, os temas que você aborda são super interessantes e a sua escrita é maravilhosa! =D
Também estou ingressando no mundo dos blogs, atualmente administro um sobre "Cultura Pernambucana" e colaboro no blog de História do Colégio Liceu de Artes e Ofícios aqui de Recife.
Parabéns pelo seu blog. Assim que puder comentarei em outras postagens.
Abraços,
Luiz Santos
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